E-commerces buscam alternativas para manter valor de frete atrativo para o cliente

Aumento da cota mínima dos Correios para o segmento faz pequenos varejistas buscarem soluções em empresas privadas

Desde o último mês de julho, profissionais de e-commerce começaram a serem notificados pelos Correios sobre uma mudança nos pacotes para entrega, sendo a principal mudança o valor mínimo mensal para a contratação de um pacote de postagens, passando de R$100,00 para R$2.000,00.

''Sem acesso ao pacote de preços diferenciados, eles deverão buscar alternativa em empresas privadas, ou pagar o valor cheio pela entrega''

O pacote "Ecommerce" oferecido pela empresa, permite a varejistas online enviarem seus produtos por um valor abaixo do preço de tabela. Porém pequenos comerciantes, que não possuem um volume de vendas grande o suficiente para cobrir o consumo de R$2.000,00 estipulado pelos Correios, precisam reestruturar sua logística para evitar um grande aumento no valor do frete pago pelo cliente. Sem acesso ao pacote de preços diferenciados, eles deverão buscar alternativa em empresas privadas, ou pagar o valor cheio pela entrega pelos Correios, encarecendo o custo do frete pago pelo consumidor. Uma encomenda via PAC, por exemplo, pode ficar 22% mais cara.


Para Ricardo Frotté, analista logístico da Impressora.com , uma possível solução para e-commerces em início de operação está em fechar parcerias com empresas de entrega privada. "Sem o valor diferenciado para encomendas fica muito mais difícil para um pequeno negócio conseguir oferecer um produto a um preço competitivo com grandes varejistas, que conseguem melhores negociações de frete graças ao grande volume de pacotes. O varejista pode conseguir boas negociações com empresas privadas, o que garante ao menos um valor abaixo do preço de tabela, reduzindo os danos", explica Frotté.

Segundo os Correios, houve uma "suspensão temporária" do pacote "Encomendas 1", que possuía a cota mínima de R$100,00 mensais. A empresa afirma que estuda a criação de novos pacotes que atendam as empresas com baixo volume de vendas. Porém não há nenhuma previsão de data ou mesmo de que o valor da cota mínima voltará ao mesmo de antigamente.

Fonte: Divulgação